domingo, 5 de março de 2006

Moça das pulseiras

Muitas vezes gostaria de ser a moça das pulseiras, sentar-me ao teu lado como mera espectadora de discussões ideológicas, companheira de copo e alvo de desejos. Moça de vida difícil, ou talvez fácil, que tanto desperta-te curiosidade e fascínio. Invejo-a.
A guria aqui é inteligente, estudou, discute, argumenta, comenta sobre os livros que já lemos, as músicas que escutamos, as poesias que fizeste. Recatada, educada, guria de família! Jamais seria uma moça das pulseiras, embora muitas vezes quisesse sê-la, embora em alguns momentos aspirasse vestir tais pulseiras, despir-me de todo esse traje perfeitinho e, quem sabe, despertar-te algum desejo.
De que adianta o requinte, se é o cru que o encanta.

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